Do total de óbitos, nove foram registados na província da Zambézia e 01 em Sofala, ambas do centro de Moçambique. As vítimas morreram arrastadas pelas águas da chuva, por queimadas descontroladas e relâmpagos, indica o relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
Desde 01 de outubro de 2020 até quinta-feira, os desastres naturais fizeram também 39 feridos e destruíram parcial e totalmente 4.380 casas.
O mau tempo deixou inundadas outras 5.759 residências, 45 igrejas e oito unidades hospitalares, havendo também 64 postes de energia elétrica destruídos, avança o INGD.
A época chuvosa 2021/2022 causou ainda a destruição de um total de 987 salas de aulas de construção precária e convencional, afetando 385 escolas, 114.110 alunos e 1.998 professores.
Segundo as autoridades, há algumas vias de acesso interrompidas na sequência de inundações nas principais bacias do país, estando a decorrer o levantamento dos impactos e a avaliação das necessidades de resposta, concluiu o INGD.
Moçambique está a meio da época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e março, com tempestades oriundas do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.
A costa moçambicana poderá ser atingida por um número acima da média de ciclones na época das chuvas, referiu um sumário da Rede de Alerta Antecipado de Fome (rede Fews, na sigla inglesa), consultado em dezembro pela Lusa.
Um total de 96 pessoas morreu devido aos ciclones e outros desastres naturais em Moçambique na última época chuvosa, segundo dados oficiais.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.
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