Alemanha endurece medidas na restauração mas diminui isolamento
O governo da Alemanha revelou hoje que vai reforçar medidas para acesso a restaurantes e bares e encurtar os períodos de quarentena e autoisolamento, sustentando que a nova variante Ómicron da covid-19 se dissemina mais rapidamente no país.
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Mundo Covid-19
Os alemães já são obrigados a apresentarem um comprovativo de que possuem o esquema vacinal completo ou que estão recuperados da covid-19 para entrar em restaurantes e bares, bem como noutros estabelecimentos e serviços, como teatros ou cinemas.
Na decisão divulgada hoje, o chanceler Olaf Scholz e os 16 governadores dos Estados alemães determinaram aumentar as restrições em restaurantes e bares, onde os clientes têm que apresentar um certificado de vacinação com a dose de reforço ou apresentar um teste negativo ou o certificado de recuperação.
As medidas são acrescentadas às restrições introduzidas logo após o Natal, que limitaram as reuniões privadas a dez pessoas e encerraram os espaços de diversão noturna.
"Esta é uma regra estrita (...) mas é necessária", salientou o chanceler Scholz.
Os governantes concordaram ainda em reduzir os períodos de quarentena e autoisolamento, que é atualmente de 14 dias, seguindo os passos dados por outros países.
Quem já recebeu a dose de reforço fica dispensado de isolamento, caso tenham contacto com casos positivos de covid-19.
Os restantes terminarão o período de quarentena ou autoisolamento após dez dias, caso não apresentem sintomas, podendo ser reduzido para sete, em caso de teste negativo.
A situação da pandemia de covid-19 na Alemanha tornou-se confusa nas últimas duas semanas, devido a muitos testes irregulares e inquéritos epidemiológicos lentos durante o período de férias.
As autoridades alemãs reconhecem que os números oficiais não demonstram a situação real, que ainda assim apresentava um aumento constante da taxa de infeção na semana passada.
O centro nacional de controlo de doenças, o Instituto Robert Koch, relatou hoje uma taxa de incidência de 303,4 novos casos por 100.000 habitantes nos últimos sete dias.
Só nas últimas 24 horas foram assinalados 56.335 novos casos.
Na quinta-feira, o Instituto Robert Koch tinha divulgado que a Ómicron foi responsável por 44,3% dos casos testados para variantes na Alemanha na semana passada, face aos 15,8% da semana anterior.
A campanha de vacinação na Alemanha aumentou de ritmo após o período festivo e hoje 71,6% da população já tinha recebido pelo menos duas doses e 41,6% já foram vacinados com a dose de reforço.
A covid-19 provocou 5.470.916 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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