Num comunicado hoje divulgado, o Ministério da Defesa turco relata uma operação contra as Unidades de Proteção do Povo (YPG) da milícia curda, que Ancara considera terrorista pelas ligações ao extinto Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda na Turquia.
A mesma fonte explica que a operação foi lançada depois de três soldados turcos, incluindo um comandante, terem sido mortos, no sábado, num ataque com explosivos artesanais colocados na fronteira sírio turca, na província de Sanliurfa, na região sudeste da Anatólia.
A Turquia tem tropas posicionadas em solo sírio, junto à fronteira norte do país vizinho.
No final de outubro, o Parlamento turco, dominado pelo partido islâmico do Presidente, Recep Tayyip Erdogan, prorrogou por dois anos o mandato que permite ao Governo enviar forças militares para o estrangeiro.
A decisão serve de proteção legal para intervenções militares na Síria e no Iraque para "defender a fronteira sul" da Turquia, e foi votada dessa forma pela primeira vez em 2012, após a eclosão da guerra civil na Síria.
Desde 2007 já existe um mandato, também renovado anualmente, que permite o envio de soldados para o norte do Iraque para atacar supostos abrigos do PKK naquele país.
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