Segundo os dados divulgados, entre 03 e 09 de janeiro a Guiné-Bissau registou 218 novos casos para um total acumulado de 6.173 casos, contra os 33 registados na semana anterior.
"Definitivamente, estamos na quarta vaga", afirmou o secretário do Alto-Comissariado para a Covid-19, o médico guineense Plácido Cardoso.
Questionado pela Lusa sobre as propostas que vão ser feitas ao Governo guineense para tentar controlar a propagação de novos casos, Plácido Cardoso disse que as medidas, já apresentadas na semana passada, visam essencialmente as atividades com aglomeração de pessoas, nomeadamente atividades religiosas, discotecas e eventos culturais, sociais e políticos.
"Devemos trazer de volta algumas restrições em relação àquelas atividades. A proposta foi feita na semana passada. Estamos a iniciar uma nova semana e em função da dinâmica desta semana podemos ajustar as medidas propostas ao Governo", afirmou o responsável.
O Governo guineense decretou em 28 de outubro o estado de alerta na saúde pública até 29 de janeiro e impôs a obrigatoriedade de vacinação para professores, funcionários públicos e estudantes do ensino superior e para circulação nos transportes públicos rodoviários e fluviais.
No decreto, as autoridades guineenses mantiveram o uso obrigatório da máscara na via públicas e nos espaços fechados de acesso ao público e o Governo voltou a permitir a prática de desportos coletivos.
As reuniões e manifestações voltaram também a ser permitidas, bem como os eventos sociais, culturais e a realização de atividades político-partidárias e o funcionamento de discotecas, salas de festa e outros locais de diversão, mediante o cumprimento de regras de higienização das mãos, uso correto da máscara e de distanciamento físico.
Os dados hoje divulgados, durante a conferência semanal sobre a evolução da doença no país, indicam também que há um total acumulado de 6.130 recuperados e que não foi registada qualquer vítima mortal, mantendo-se o acumulado de 149 mortes.
A taxa de positividade, segundo os dados, subiu de 3,3% para 5,9%.
A covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.
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