Muhammad Khurasani, porta-voz do TTP, morreu na província oriental de Nangarhar, adiantou um responsável sob a condição de anonimato.
"Estamos a recolher informações do Afeganistão sobre como foi encontrado e morto", acrescentou, recusando-se a dizer quem esteve na origem da sua eliminação.
A morte de Muhammad Khurasani surge algumas semanas depois de outro alto funcionário do TTP ter escapado de um alegado ataque de drone a uma residência no leste do Afeganistão.
A identidade dos autores do ataque permanece ainda desconhecida, mas o Paquistão e os Estados Unidos já usaram drones para atingir alvos na região.
O TTP, um movimento distinto do dos novos líderes afegãos, mas que tem raízes comuns, mergulhou o Paquistão num período de intensa violência após a sua formação em 2007.
Muhammad Khurasani, cujo nome verdadeiro é Khalid Balti, dirigiu um "campo de treino terrorista" na região do Norte do Waziristão (noroeste do Paquistão) antes de fugir para o Afeganistão, depois de operações militares.
"[Khurasani] organizou vários ataques em estreita colaboração com o líder do TTP, Noor Wali Mehsud, contra as forças de segurança paquistanesas e cidadãos inocentes enquanto estava escondido no Afeganistão", disse o alto funcionário de segurança.
Composto principalmente por elementos pashtuns, o TTP realizou centenas de atentados suicidas, outros ataques e sequestros no Paquistão durante anos antes de ser esmagado após uma intervenção militar maciça.
Uma das suas piores atrocidades, que deixou uma marca duradoura na consciência nacional paquistanesa, foi o massacre de cerca de 150 crianças em idade escolar em Peshawar em 2014.
Nesse ano, o crime desencadeou uma intensa repressão militar e forçou os combatentes do TTP a se esconderem em território afegão.
O governo paquistanês estabeleceu uma trégua de um mês com TTP, mas terminou em 09 de dezembro de 2021, com os talibãs paquistaneses acusando Islamabad de continuar a matar os seus combatentes.
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