Estes disparos fazem parte de uma onda de ataques, por vezes também realizados por 'drones' armados, contra as tropas e locais de interesse dos Estados Unidos no Iraque.
Os ataques, que não têm sido reivindicados, são sistematicamente atribuídos pelos Estados Unidos às fações iraquianas pró-Irão, que exigem a saída do Iraque de todas as tropas norte-americanas que pertencem à coligação internacional liderada por Washington, que lutam contra o grupo extremista Estado Islâmico.
Na madrugada de quinta-feira "três 'rockets' foram disparados na direção da 'zona verde' de Bagdade: dois deles caíram no terreno da embaixada norte-americana e outro atingiu uma escola numa localidade nas proximidades", revelou um oficial militar iraquiano à agência AFP, que falou sob a condição de anonimato.
"Uma mulher, uma menina e um jovem ficaram feridos", acrescentou.
Um outro elemento da segurança, que também não quis ser identificado, explicou à AFP que os projéteis que caíram no complexo da embaixada norte-americana, na 'zona verde', não causaram "nem mortos nem feridos".
Na página oficial na rede social Facebook, a Embaixada dos Estados Unidos denunciou um ataque perpetrado "por grupos terroristas que tentam minar a segurança, a soberania e as relações internacionais do Iraque".
No início da noite, jornalistas da AFP presenciaram duas explosões e tiros na 'zona verde', um perímetro ultraseguro onde estão localizados muitos ministérios iraquianos e embaixadas.
Nas últimas semanas, têm aumentado os ataques com 'rockets' e 'drones' contra as tropas e locais de interesse dos EUA no Iraque.
Em 05 de janeiro, cinco 'rockets' atingiram uma base iraquiana que abriga forças da coligação internacional naquele país.
A 'zona verde' de Bagdade tinha sido atingida pela última vez em 19 de dezembro, por dois 'rockets', sendo que o primeiro foi neutralizado por baterias de defesa C-RAM e o segundo danificou duas viaturas.
No início do ano, o Irão e vários grupos aliados na região assinalaram o segundo aniversário da morte do general Qassem Soleimani, militar morto durante um ataque norte-americano na capital do Iraque.
Fações pró-Irão têm repetidamente pedido a retirada total das tropas norte-americanas e restantes forças da coligação internacional no Iraque.
Em 09 de dezembro, o Iraque anunciou o "fim da missão de combate" da coligação internacional contra o extremismo islâmico coordenada por Washington naquele país.
Na realidade, mais de 2.500 militares dos Estados Unidos e cerca de mil militares da coligação vão permanecer no país, onde desempenham funções de "conselheiros" e de "formadores" desde o verão de 2020.
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