A informação foi avançada pelo coordenador da Comissão Interministerial de Combate e Prevenção contra a Covid-19, Francisco Furtado, quando atualizava o decreto presidencial do estado de calamidade pública sobre a pandemia.
"Estamos preocupados com a vacinação, o país tem mais de 12 milhões de pessoas com uma dose de vacinação, mas tem apenas 4,3 milhões com duas doses de vacinação, significa dizer que temos no país todo até agora, cerca de oito milhões de pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina, o que é bastante preocupante, porque uma dose só não imuniza completamente o cidadão", disse Francisco Furtado.
O também ministro de Estado e chefe da Casa Militar dos Presidente da República salientou que, por outro lado, o país está "num momento crítico", porque algumas vacinas começam a aproximar-se do fim do prazo de validade.
"Neste momento o país tem, até março, cerca de cinco milhões de vacinas que vão expirar o seu prazo de utilização. Contrariamente a estes cinco milhões de vacinas, que estão em prazo já próximo de expirar, estamos com oito milhões e tal de pessoas que não receberam a segunda dose da vacina", afirmou.
Entre as vacinas que vão perder validade, Francisco Furtado destacou a AstraZeneca, no dia 30 deste mês.
"Entre este número devo chamar a atenção ao facto de existirem mais de 900.000 pessoas por tomarem a segunda dose da vacina AstraZeneca e, deste número de pessoas, o país tem cerca de 800.000 vacinas que vão expirar até ao dia 30 deste mês, o que significa dizer que é preciso que as pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina AstraZenca se dirijam aos postos de vacinação para tomá-la, porque a partir do dia 30 já teremos vacinas que não poderão ser administradas às populações", frisou.
O governante angolano salientou que o processo de vacinação prosseguiu em todo o país com regularidade, todavia, mantém-se ainda distante da meta de vacinação dos 60% da população alvo, "para a sustentada imunidade de grupo que se pretende".
A covid-19 provocou 5.519.380 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.
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