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Biden diz que norte-americanos precisam de honrar Martin Luther King

O Presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu hoje que os norte-americanos têm a obrigação de honrar a herança de Martin Luther King, símbolo dos direitos civis, protegendo empregos, justiça e o direito ao voto.

Biden diz que norte-americanos precisam de honrar Martin Luther King
Notícias ao Minuto

18:15 - 17/01/22 por Lusa

Mundo EUA

No dia em que os Estados Unidos celebram o feriado do Dia de Martin Luther King, Biden lembrou que este é o momento para todos os norte-americanos fazerem "ouvir a sua voz", em defesa de valores essenciais da democracia do seu país.

Os principais eventos do feriado incluíram marchas em várias cidades e o culto anual de Martin Luther King na Igreja Batista Ebenezer, do líder dos direitos civis assassinado em Atlanta aos 39 anos e que hoje faria 93 anos.

Nas cerimónias do feriado, o filho mais velho de King criticou Biden e o Congresso por não aprovarem a legislação sobre direitos de voto, mesmo que 19 estados liderados por republicanos tenham dificultado a votação em resposta às falsas alegações do ex-Presidente Donald Trump sobre fraude eleitoral.

"Teve sucesso com a lei das infraestruturas, o que é ótimo -- mas precisamos que use essa mesma energia para garantir que todos os americanos tenham o mesmo direito de voto", disse Martin Luther King III, dirigindo-se a Biden.

Os republicanos do Senado permanecem unidos em oposição à reforma eleitoral dos democratas, que Biden descreveu como um "verdadeiro ataque à democracia", dizendo ser essencial proteger o direito ao voto por parte das minorias.

"Não é apenas sobre quem vota. É sobre quem conta os votos. E se o seu voto conta. São duas coisas insidiosas: supressão de eleitores e subversão eleitoral", disse Biden, referindo-se às principais ameaças sobre a transparência do processo eleitoral, sobretudo nos estados mais conservadores.

O senador Tim Scott, da Carolina do Sul, republicano negro do Senado, respondeu com uma série de vídeos com o tema do feriado de Martin Luther King que, na sua opinião, sublinham os avanços positivos nos direitos civis.

Scott evitou as críticas sobre as ações do Partido Republicano e acusou os democratas de rotular os membros do seu partido como racistas.

"Comparar ou confundir pessoas que se opõem às suas posições como racistas e traidoras do país não é apenas insultuoso e enfurecedor. É totalmente errado", disse Scott.

Martin Luther King JR. - que fez o histórico discurso "Eu tenho um sonho", enquanto liderava a marcha de 1963 em Washington, e que foi premiado com o Prémio Nobel da Paz em 1964 - considerou a igualdade racial inseparável do alívio da pobreza.

Hoje, num discurso proferido no âmbito das celebrações do feriado, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, reconheceu que a economia dos EUA "nunca funcionou de forma justa para os negros americanos -- ou, na verdade, para qualquer americano de cor".

Yellen disse que o Governo dos EUA procura garantir que nenhuma instituição económica deixe de trabalhar para pessoas de cor, recordando que a equidade foi incorporada no Plano de Recuperação Americano, para que as comunidades negras recebessem ajuda financeira significativa.

"Ainda há muito trabalho que o Departamento de Tesouro precisa de fazer para diminuir a divisão racial de riqueza", admitiu Yellen.

Leia Também: Joe Biden denuncia "antissemitismo e ascensão do extremismo" nos EUA

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