Venezuela regista novo recorde de casos e acelera vacinação de reforço

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje que a Venezuela registou 2.328 infetados com o novo coronavírus, nas últimas 24 horas, batendo o recorde pelo segundo dia consecutivo.

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Lusa
20/01/2022 06:19 ‧ 20/01/2022 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Os especialistas dizem-me que o pico das infeções por covid-19 na Venezuela deverá ocorrer entre 30 e 31 de janeiro, ou seja, vamos agora ter um crescimento acelerado das infeções", disse o governante à televisão estatal venezuelana.

Nicolás Maduro explicou que a variante Ómicron tem vindo a aumentar no país e que, apesar de não ser mais letal, é importante continuar a aplicar medidas preventivas e vacinar-se.

"Passámos de cinco casos positivos de covid-19 por cada 100 mil habitantes para 20 contágios por cada 100 mil habitantes, esta quarta-feira", explicou.

Segundo Nicolás Maduro, todas as pessoas que receberam a segunda dose da vacina contra a covid-19 há seis meses devem tomar a dose de reforço.

Por outro lado, explicou que a Venezuela está a avaliar voltar a aplicar o método local de sete dias de confinamento restrito, seguido de sete dias de flexibilização controlada.

"Eu quero manter o país como está, aberto, trabalhando, com aulas presenciais (...), vamos manter a abertura, a avaliação, a vacinação, os cuidados em todos os estados e municípios do país, e vamos manter o trabalho, a educação e tudo avançando. Essa é a linha", disse o Chefe de Estado.

Entretanto o Ministério da Saúde da Venezuela enviou uma circular aos organismos de saúde do país a modificar o programa de aplicação das doses de reforço da vacinação contra a covid-19.

No documento explica-se que, devido ao "aumento exponencial" dos casos, devem "aplicar as vacinas de reforço a todas as pessoas que o solicitem, em qualquer centro de vacinação, independentemente da idade, ocupação ou fatores associados".

Em 03 de janeiro, a Venezuela iniciou a aplicação da vacinação de reforço, ou terceira dose, das vacinas russa Sputnik V e da chinesa Sinopharm, dando prioridade aos profissionais da saúde.

O programa inicial, agora modificado, previa que a partir de fevereiro, os venezuelanos com mais de 18 anos de idade poderiam apresentar-se nos centros de vacinação para que lhes seja aplicada a vacina de reforço, caso tenham recebido a segunda dose há seis meses.

Na Venezuela estão oficialmente confirmados 460.959 casos de covid-19. Há ainda 5.387 mortes associadas ao novo coronavírus, desde o início da pandemia.

Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo, por causa da covid-19, aplicando um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.

Nos meses de novembro e dezembro, a quarentena foi declarada flexível, devido à realização de eleições municipais e regionais, e também devido à época natalícia.

A covid-19 provocou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

Leia Também: Venezuela: Apagão deixa às escuras 11 das 24 regiões do país

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