A Organização das Nações Unidas (ONU) e a farmacêutica Merck assinaram, esta quinta-feira, um acordo para que 27 produtores de medicamentos genéricos produzam versões mais baratas do medicamento molnupiravir, que foi desenvolvido para combater a Covid-19.
Em comunicado, a agência da ONU para o licenciamento de patentes de medicamentos (MPP, do inglês Medicines Patent Pool) informa que o acordo permitirá que 105 países tenham acesso ao molnupiravir em versão 'low cost'.
Este passo permitirá que empresas da China, Índia e outros países em África e no Médio Oriente possam desenvolver o medicamento.
Segundo o MPP, "as licenças não-exclusivas permitem aos produtores que produzam os ingredientes para o molnupiravir e/ou terminam o medicamento". "Cinco empresas irão focar-se na produção da matéria-prima, 13 empresas vão produzir tanto a matéria-prima como o medicamento final e nove empresas irão produzir o medicamento final. As empresas dividem-se por 11 países: Bangladesh, China, Egito, Jordânia, Índia, Indonésia, Quénia, Paquistão, África do Sul, Coreia do Sul e Vietname", acrescenta.
O molnupiravir foi desenvolvido em 2021 pela Merck e obteve uma aprovação de emergência pelos Estados Unidos. Os dados clínicos da empresa demonstraram que o medicamento reduz o risco de internamento e morte por Covid-19 em cerca de 30%, mas a empresa não deixou qualquer nota sobre a qualidade do medicamento em versão 'low cost'.
Para o diretor-executivo do MPP, Charles Gore, isto é "um passo crucial para garantir um acesso global a um medicamento urgentemente necessário para tratar a Covid-19".
Já o diretor-executivo do universo das empresas da Merck, Paul Schaper, afirmou que "acelerar um acesso acessível a alargado ao molnupiravir tem sido uma prioridade" da empresa".
Leia Também: Covid-19. Canadá aprova comprimido antiviral da Pfizer