A comissão da Câmara dos Representantes norte-americana, que investiga o ataque ao Capitólio, ocorrido a 6 de janeiro de 2021, intimou a filha do ex-presidente Donald Trump e então conselheira sénior da Casa Branca, Ivanka Trump, a cooperar voluntariamente com a investigação em curso.
Este é, segundo a comissão, um passo importante, visto que Ivanka faz parte do círculo íntimo do ex-presidente.
Os representantes divulgaram publicamente uma carta com data desta quinta-feira, endereçada a Ivanka Trump onde procuram “cooperação voluntária com a investigação”.
A deputada do Wyoming Liz Cheney, vice-presidente da comissão e um dos seus dois membros republicanos, disse à ABC News, no mês passado, que o grupo tem "testemunho em primeira mão" que, durante o ataque, Ivanka Trump pediu intervenção do pai.
Esta intimação a Ivanka Trump ocorre depois da comissão intimar e obtido registos de números de telefone associados a comunicações no dia 6 de janeiro. As primeiras intimações foram feitas ontem, a um dos outros filhos de Donald Trump, Eric Trump, bem como Kimberly Guilfoyle, que está noiva de Donald Trump Jr (filho mais velho do ex-presidente).
Recorde-se que a investigação tem dado largos passos dentro do círculo de Trump, tendo também já sido solicitando o testemunho e registos de Rudy Giuliani, Jenna Ellis, Sidney Powell e Boris Epshteyn, que defenderam publicamente as declarações de fraude eleitoral depois das eleições de 2020.
Antes destes também tinha sido intimado o líder da minoria republicana da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, um importante aliado de Trump. Em causa estava o testemunho e divulgação das suas comunicações com o antigo chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, nos dias anteriores ao ataque. O republicano, por sua vez, terá recusado cooperar com o painel.
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