"A mãe fez uma fogueira dentro do abrigo para aquecer os seus filhos, que morreram asfixiados, na segunda-feira de manhã, e depois carbonizados pelo fogo que atingiu a sua barraca improvisada", disse à AFP Mohamed Amine Abidar, presidente da secção local da AMDH.
A mãe foi internada "em estado crítico", num hospital na cidade vizinha de Nador, cidade fronteiriça do enclave espanhol de Melilla.
O maciço de Gourougou tornou-se, ao longo dos anos, um refúgio para muitos migrantes da África subsahariana, que procuram atravessar uma cerca tripla, com aproximadamente 12 quilómetros (km) de extensão, para chegar a Melilla.
A morte destas três crianças "é uma tragédia terrível", considerou Abidar, acrescando que os migrantes daquela região "vivem em condições precárias e desumanas".
As fronteiras de Melilla e Ceuta, o outro enclave espanhol em território marroquino, são as únicas ligações terrestres entre África e a União Europeia, estando, por este motivo, sujeitas a uma forte pressão migratória.
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