Ucrânia. Rússia ainda sem meios suficientes para ataque de larga escala

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, considerou hoje que o número de tropas russas destacadas na fronteira da Ucrânia ainda é insuficiente para a Rússia lançar um ataque de grande escala.

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Lusa
26/01/2022 12:01 ‧ 26/01/2022 por Lusa

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Conflito

"O número de tropas russas concentradas ao longo da fronteira ucraniana e nos territórios ocupados é grande e representa uma ameaça direta à Ucrânia. No entanto, neste momento, este número é insuficiente para uma ofensiva em grande escala contra a Ucrânia", disse Kuleba numa conferência de imprensa em Kiev.

Kuleba disse que as tropas russas não têm atualmente as "indicações e meios militares" para levar a cabo uma ofensiva em larga escala.

"Isto não significa que não serão capazes de o aumentar a um nível suficiente num determinado período de tempo", disse o chefe da diplomacia da Ucrânia, citado pelas agências de notícias France-Presse (AFP) e a espanhola EFE.

Kuleba disse que a Ucrânia, os Estados Unidos e outros países ocidentais "estão de acordo" na sua avaliação da ameaça russa.

As autoridades ucranianas acusaram a Rússia de ter enviado cerca de 100.000 militares para a fronteira da Ucrânia nos últimos meses, suscitando receios de uma invasão, uma intenção negada por Moscovo.

As declarações de Kuleba estão em linha com as informações dos militares do país, que levaram o ministro da Defesa ucraniano, Alexei Reznikov, a dizer, na terça-feira, que não havia razão para acreditar na iminência de uma invasão, embora permaneça a ameaça.

Kuleba acusou a Rússia de estar a executar um plano de desestabilização do país, "semeando o pânico, exercendo pressão sobre o sistema financeiro ucraniano, realizando ataques cibernéticos contra a Ucrânia".

"Estou certo de que o Presidente [russo Vladimir] Putin ficaria feliz se este plano fosse bem-sucedido sem a necessidade de recorrer à força militar", acrescentou.

Face à escalada da tensão na fronteira ucraniana, os Estados Unidos e os seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) manifestaram o apoio à Ucrânia e ameaçaram a Rússia com sanções de grande escala.

A Rússia exigiu garantias escritas sobre a sua segurança, incluindo uma promessa de que a Ucrânia não se tornará membro da NATO.

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