Representantes no Afeganistão pedem a talibãs para travar terrorismo

Representantes especiais para o Afeganistão pediram aos talibãs no poder para impedirem o "aumento alarmante das violações dos direitos humanos" e cumprirem o compromisso de combater o terrorismo e o tráfico de droga.

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Lusa
27/01/2022 18:22 ‧ 27/01/2022 por Lusa

Mundo

Afeganistão

Na segunda-feira, um grupo de representantes e enviados especiais da União Europeia (UE), França, Alemanha, Itália, Noruega, Reino Unido e Estados Unidos reuniram em Oslo para discutir a situação no Afeganistão, incluindo representantes dos talibãs e membros da sociedade civil afegã.

Hoje, os governos dos EUA e da Noruega divulgaram um documento de síntese dos encontros de Oslo, pedindo ao Governo de Cabul para "fazer mais" para "impedir o aumento alarmante de violações dos direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias (...) desaparecimentos forçados, repressão dos 'media', execuções extrajudiciais, torturas e proibição de meninas e mulheres frequentarem estabelecimentos de ensino".

Os representantes especiais mostraram-se preocupados igualmente com o aumento do terrorismo em território afegão e pediram a Cabul para que "cumpra os seus compromissos com o contraterrorismo e o tráfico de drogas".

No comunicado hoje divulgado, os países reiteram ainda a importância de o Governo afegão "remover todas as condições e obstáculos à entrega de ajuda humanitária", recordando que o país vive uma "profunda crise", sendo urgente "aliviar o sofrimento dos afegãos em todo o país".

Os representantes e enviados especiais reconhecem que os seus respetivos países estão a "expandir as operações de socorro, ajudando a prevenir o colapso dos serviços sociais" e procurando a recuperação económica do Afeganistão, mas consideram que Cabul não está a cooperar para permitir esse auxílio.

O relatório fala ainda da preocupação feita chegar pelos membros da sociedade civil, que reuniram esta semana em Oslo, sobre o ambiente que se vive no Afeganistão, realçando os apelos que foram feitos para que as mulheres e as jovens possam ter oportunidades de trabalho e de estudar.

No final do documento, os representantes especiais quiseram deixar claro que as suas reuniões com os talibãs em Oslo "não implicam de forma alguma qualquer sentido de reconhecimento oficial ou legitimação do Governo interino anunciado em setembro de 2021".

Leia Também: Afeganistão. ONU pede fundos para que famílias deixem de vender bebés

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