Em declarações à rádio Catalunya, Alba Vilajeliu, epidemiologista e assessora global de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou, no entanto, que o vírus tem a capacidade de sofrer mutações, assim é necessário estar atento e contar com sistemas de vigilância para se adaptar às novas circunstâncias.
No caso da sublinhagem BA.2 da variante Ómicron, Alba Vilajeliu declarou que esta não parece ser relevante e que o cenário para a próxima primavera e verão será de "convivência" com a covid-19, mas será necessário proteger as pessoas de maior risco (acima de 60 anos, gestantes e doentes crónicos) e evitar que as hospitalizações aumentem muito.
A epidemiologista tem defendido, por isso, a manutenção de máscaras em espaços interiores, as doses de reforço da vacina contra a covid-19, o distanciamento de segurança e ventilação.
Vilajeliu considerou que a opção de administrar uma nova vacina a cada seis meses com base no surgimento de novas variantes "poderia ser uma das opções", mas ainda não há informações suficientes para seguir este caminho.
A assessora da OMS recordou que laboratórios Moderna e Pfizer já "iniciaram estudos com vacinas adaptadas à Ómicron" e é preciso esperar para verificar os resultados obtidos.
A covid-19 provocou mais de 5,63 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.788 pessoas e foram contabilizados 2.507.357 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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