Washington identificou "membros pertencentes ou a gravitar em torno do círculo interno do Kremlin", adiantou Psaki, indicando que essas pessoas eram "alvos particularmente vulneráveis" para sanções, por causa das relações financeiras com alguns países ocidentais.
"Este é apenas um elemento entre outros, desejado por nós, para atingir a Rússia de todos os ângulos" no caso de um ataque, acrescentou.
O Reino Unido, um dos destinos preferidos para investimentos da elite russa, também anunciou hoje que vai endurecer o seu arsenal de possíveis sanções contra pessoas ou empresas russas.
A Casa Branca vem demonstrado há alguns dias os detalhes das sanções maciças que os norte-americanos prometem impor à Rússia no caso de uma escalada militar.
Os Estados Unidos, por exemplo, já começaram a cortar o acesso dos bancos russos às transações em dólares e a proibir a comercialização de tecnologia norte-americana para a Rússia.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou-se hoje disposto a continuar o diálogo com a Rússia sobre a crise ucraniana, mas advertiu para "consequências rápidas e severas" do abandono por Moscovo da diplomacia e de um ataque à Ucrânia.
Numa declaração divulgada hoje para coincidir com o início de uma reunião sobre a crise ucraniana no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), Joe Biden defendeu que os EUA apresentaram "em pormenor a natureza completa da ameaça da Rússia à soberania e integridade territorial da Ucrânia".
Afirmou ainda que Washington esclareceu as implicações desta ameaça "não só para a Ucrânia, mas para os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e da ordem internacional moderna".
A Rússia e os Estados Unidos confrontaram-se hoje no Conselho de Segurança a propósito das tropas russas concentradas na fronteira com a Ucrânia, enquanto os países ocidentais intensificam esforços diplomáticos para evitar a eclosão de um conflito militar.
Um pouco antes do início, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, acusou Washington de tentar "criar histeria" e "enganar a comunidade internacional" com "acusações infundadas" para convocar a primeira reunião do Conselho de Segurança sobre a crise na Ucrânia.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, acusou a Rússia de querer enviar "até ao início de fevereiro mais de 30.000 tropas" para a Bielorrússia, perto da Ucrânia.
"Temos provas de que a Rússia pretende aumentar a sua presença para mais de 30.000 militares" na Bielorrússia, perto da fronteira com a Ucrânia "no início de fevereiro", revelou.
Essas tropas estarão "a menos de duas horas de Kiev", especificou, afirmando também que hoje a Rússia enviou para a Bielorrússia 5.000 soldados, incluindo forças especiais, mísseis e baterias antiaéreas.
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