Protestos continuam, mas Canadá recusa recorrer ao Exército

Justin Trudeau frisou que “é preciso ser muito, muito cauteloso antes de mobilizar militares para situações que envolvem canadianos”.

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© Adrian Wyld/The Canadian Press/Bloomberg via Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
03/02/2022 19:36 ‧ 03/02/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Coronavírus

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, rejeitou esta quinta-feira a hipótese de recorrer ao Exército para dispersar os manifestantes que se juntaram a um protesto de camionistas em Ottawa. 

Desde sexta-feira que mais de 200 camiões e outros veículos bloqueiam as estradas da cidade, num protesto contra as vacinas, utilização de máscaras e confinamentos. 

Ontem, o chefe da polícia, Peter Sloly, alertou que os agentes não têm os recursos para fazer frente ao protesto, que diz ser “ilegal”, e revelou que a cidade estava a considerar pedir ajuda às Forças Armadas do Canadá.

Trudeau recusou essa ideia e sublinhou, em declarações a jornalistas, que “é preciso ser muito, muito cauteloso antes de mobilizar militares para situações que envolvem canadianos”.

“Isso [enviar militares] é algo que não está a ser considerado agora. Não há porque mobilizar o Exército”, acrescentou.

O protesto começou com vários camionistas a pedir o fim dos certificados de vacinação contra a Covid-19 para trabalhadores que atravessam regularmente a fronteira e rapidamente juntou milhares de pessoas que estão contra as medidas implementadas no país para combater a pandemia de Covid-19. 

No fim de semana, a manifestação tomou outras proporções quando várias pessoas tiveram “comportamentos obscenos e insultuosos” ao urinar no Memorial Nacional de Guerra, dançar no Túmulo do Soldado Desconhecido e exibir bandeiras nazis

O primeiro-ministro, que chegou a ser retirado da sua residência oficial devido aos protestos, sublinhou que o país não está “intimidado” com os manifestantes que “insultam” e “maltratam” os canadianos.

“Quero ser muito claro. Não estamos intimidados por aqueles que insultam, maltratam trabalhadores de pequenas empresas e roubam comida a pessoas sem abrigo. Não vamos ceder àqueles que hasteiam bandeiras racistas. Não cederemos àqueles que praticam vandalismo ou desonram a memória dos nossos veteranos”, frisou.

Leia Também: Depois do Canadá, protestos contra medidas Covid chegam à Austrália

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