"Na verdade, o que aconteceu foi um assalto à Rádio Capital, como todos nós sabemos. Há um grupo de pessoas que foram para a rádio, dispararam alguns tiros e danificaram alguns materiais da rádio e fugiram", afirmou o coronel Salvador Soares.
Segundo o comissário-adjunto da Polícia de Ordem Pública, foi um "ato isolado".
"Aconteceu, nós fomos para lá, mas antes da chegada das forças de ordem, já tinham abandonado a rádio", disse.
O comissário-adjunto disse também que as forças de segurança estão no local e que uma equipa da Polícia Judiciária está na rádio a fazer um "levantamento".
Nas declarações aos jornalistas, o coronel apelou à população para que, se vir alguma situação anormal, comunique imediatamente à polícia para que esta possa atuar, sublinhando que as forças de ordem estão a realizar patrulhamentos de 24 horas na cidade.
"Queremos que a informação chegue em tempo recorde, para agirmos em tempo recorde", disse.
"A recomendação que temos é que todo o mundo volte às suas atividades normais", disse.
Questionado pelos jornalistas sobre se tinha indicação da existência de feridos, o coronel afirmou ainda não ter essa informação, mas fontes da direção da Rádio Capital confirmaram à Lusa a existência de cinco feridos.
Este é o segundo ataque às instalações daquele meio de comunicação social depois de um outro, em 26 de julho de 2020, quando foi destruído praticamente todo o material.
Na altura, a Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou o ataque à rádio, considerada crítica do regime na Guiné-Bissau, como "um ataque à liberdade de imprensa", levado a cabo por pessoas que "querem instalar a prepotência e o caos na Guiné-Bissau".
O ataque à rádio surge quase uma semana depois de uma tentiva de golpe de Estado no país.
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