Governo da Guiné-Bissau alerta para desinformação nas redes sociais

O Governo da Guiné-Bissau alertou hoje para campanhas de desinformação que circulam nas redes sociais e pediu às pessoas para não se deixarem manipular após a divulgação de uma lista com alegados envolvidos no ataque da semana passada.

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Lusa
07/02/2022 20:17 ‧ 07/02/2022 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

"O gabinete do porta-voz do Governo vem alertar a população em geral para que não se deixe convencer pelas campanhas de manipulação e de desinformação desonestas, imorais e irresponsáveis, que vêm sendo difundidas nas redes sociais por certos atores políticos sedentos de sangue", refere, em comunicado, o Governo.

A nota, assinada pelo porta-voz do Governo e ministro do Turismo, Fernando Vaz, esclarece que ainda "não existe qualquer lista de pessoas visadas pela Comissão de Inquérito" e "expressa o mais veemente repúdio pelos métodos subversivos de contrainformação usados pelos inimigos da Guiné-Bissau e do seu povo".

Uma alegada lista de pessoas envolvidas no ataque de terça-feira contra o Palácio do Governo, que provocou oito mortos, está a circular nas redes sociais.

Homens armados atacaram no dia 01 o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".

O porta-voz do Governo adiantou no sábado, em conferência de imprensa, que o ataque foi feito por militares, paramilitares e que estarão envolvidos elementos dos rebeldes de Casamança, bem como "personalidades".

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.

Na sequência dos acontecimentos, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou o envio de uma força de apoio à estabilização do país.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.

Leia Também: Guiné-Bissau. Ataque à rádio é "ato isolado"

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