"Enquanto houver negociações, enquanto todos estiverem prontos para se sentar à mesa e conversar, há esperança para não avançar para um confronto militar", adiantou à imprensa Josep Borrell, depois de uma visita a Washington.
A este respeito, a visita do chefe Estado francês na segunda-feira ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, é "um sinal positivo" e "uma boa iniciativa", acrescentou.
Isto "representa um elemento de relaxamento", insistiu Josep Borrell, que também falou num evento organizado pela Embaixada de França nos Estados Unidos e pela revista The Atlantic.
Emmanuel Macron disse que viu "soluções concretas" para a crise e recebeu promessas de Putin para que não houvesse uma "escalada" adicional.
Questionado sobre o facto de não haver desescalada em andamento, Josep Borrell reconheceu que o "problema ainda não foi resolvido".
"A visita do presidente Macron a Moscovo foi importante, mas não fez milagres", disse, observando que "a situação continua tensa".
Depois de ter dito na segunda-feira, junto do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que a Europa atravessava o momento "mais perigoso" desde o fim a Guerra Fria, o chefe da diplomacia europeia relativizou um pouco a ameaça de conflito.
"O que é importante para Rússia não é a Ucrânia", é "a arquitetura de segurança na Europa" que os russos "contestam", explicou.
De acordo com Josep Borrell, a Rússia está a pressionar Ucrânia, mas não com o objetivo de invadir o país do leste europeu.
"Estão a pressionar a Ucrânia para conseguir diálogos sobre o que é importante para eles, a ampliação da NATO e a preocupações de segurança", disse.
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