"Mulheres e jovens dos distritos de Metuge, Ancuabe, Balama, Chiúre, Mecúfi, Montepuez, Namuno e Pemba vão beneficiar de um programa de assistência técnica e financeira para o desenvolvimento de pequenos negócios" para gerar rendimentos e criar empregos, referiram em comunicado.
Mais de 800 mil pessoas fugiram das suas casas e tentam agora recomeçar a vida noutros locais, mas a falta de recursos e de oportunidades de trabalho constam entre as principais dificuldades ouvidas pela Lusa junto das comunidades.
O programa tenta inverter a situação: intitulado Trabalhar para o Progresso está em fase piloto com um fundo inicial de cerca de oito milhões de meticais (110 mil euros) para microcréditos e para conceder garantias de empréstimo.
"Com a implementação deste programa, nós e os nossos parceiros espanhóis pretendemos testar soluções que ajudem jovens e mulheres empreendedoras a realizarem atividades que lhes garantam rendimentos e ajudem outros a ter um emprego", esclareceu Bruno Torres, gerente da delegação da Gapi em Pemba.
Pequenos agricultores, comerciantes, sejam individuais ou associados, registados como microempresas, estão entre os beneficiários do fundo de garantias e linha de crédito, "que financiará montantes entre 50.000 e um milhão de meticais à taxa de juro de 1% ao mês".
"Para facilitar o acesso ao financiamento, o programa contempla um fundo de garantias que vai partilhar o risco de crédito nas operações a serem realizadas" e assim "atrair a banca comercial", acrescenta-se no comunicado.
"Assim, pretende-se para também financiar alguns destes pequenos negócios", refere.
O programa "Trabalhar para o Progresso" prevê ainda atividades de assistência técnica na estruturação, arranque e ampliação dos negócios.
Leia Também: Abatido tanzaniano líder de grupo armado que raptou duas freiras