Ucrânia recebe primeiro carregamento de gás natural liquefeito dos EUA

A Ucrânia recebeu hoje a sua primeira remessa de gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos, quando expira um importante acordo que permite o trânsito de gás russo para a Europa através da Ucrânia.

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Lusa
27/12/2024 19:19 ‧ há 15 horas por Lusa

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Ucrânia

Apesar da guerra, Moscovo continuou a transportar gás através da Ucrânia, ao abrigo de um acordo de vários milhares de milhões de euros, que Kyiv anunciou que se recusará a renovar depois de expirar no final do ano.

 

"A DTEK, a maior empresa privada de energia da Ucrânia, recebeu hoje a sua primeira carga de gás natural liquefeito (GNL) proveniente dos Estados Unidos", declarou a empresa em comunicado.

A empresa confirmou à France Presse que este carregamento de cerca de 100 milhões de metros cúbicos de gás foi a primeira entrega americana à Ucrânia, cuja rede energética foi duramente atingida por várias vagas de bombardeamentos russos.

A DTEK assegurou a entrega do gasoduto depois de o GNL ter sido entregue na sexta-feira num terminal grego de regaseificação no Mediterrâneo.

"Cargas como esta não só fornecem à região uma fonte de energia flexível e segura, como também ajudam a diminuir a influência da Rússia no nosso sistema energético", afirmou o diretor executivo da DTEK, Maxim Timchenko, citado no comunicado.

Após os ataques russos, a Ucrânia aumentou as suas importações de eletricidade da UE. De acordo com Kyiv, a obtenção de fornecimentos diretos de GNL dos EUA ajudará a aliviar a pressão sobre o mercado europeu do gás.

A União Europeia não conseguiu cortar completamente os seus laços energéticos com Moscovo, embora tenha também aumentado as suas compras de GNL desde a invasão da Ucrânia em 2022.

Vários responsáveis políticos, incluindo Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, sugeriram o aumento do fornecimento de gás dos EUA para substituir a energia russa, apesar das preocupações com o custo de tais fornecimentos.

O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou a Europa com tarifas se não comprar mais gás americano.

A dependência do gás proveniente da Rússia deixa a Europa à procura de alternativas energéticas que colmatem esse vazio de fornecimento.

Leia Também: Conflito na Ucrânia já matou 121 jornalistas e ativistas

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