"Os embaixadores junto da UE aprovaram hoje a proposta da Comissão que visa conceder à Ucrânia 1,2 mil milhões de euros em assistência macrofinanceira suplementar", anuncia o Conselho em comunicado.
A estrutura em que estão representados os Estados-membros explica que "o objetivo é fornecer apoio rápido numa situação de crise grave e reforçar a resiliência da Ucrânia", dadas as "atuais tensões geopolíticas [causadas pela Rússia que] estão a ter um efeito negativo na estabilidade económica e financeira" de Kiev.
Antes de o pacote de ajuda ser alocado, o texto terá de ser adotado pelo Parlamento Europeu, através de procedimento acelerado, e pelo Conselho.
No final de janeiro, a Comissão Europeia anunciou um pacote de ajuda de emergência à Ucrânia de 1,2 mil milhões de euros, visando manter este país "livre e soberano" e apoiar Kiev nestas "circunstâncias difíceis", perante a ameaça russa na fronteira ucraniana.
"A Comissão propõe um novo pacote de assistência macrofinanceira de emergência de 1,2 mil milhões de euros, que ajudará a Ucrânia a resolver as suas necessidades de financiamento devido ao conflito", anunciou na altura a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.
Von der Leyen vincou que a UE "mantém-se ao lado da Ucrânia nestas difíceis circunstâncias".
"Deixem-me ser clara mais uma vez: a Ucrânia é um país livre e soberano e faz as suas próprias escolhas e a UE continuará a estar ao seu lado", reforçou a responsável.
Para avançar com esta ajuda de emergência, von der Leyen disse na ocasião contar com o Conselho e o Parlamento Europeu para adotar este pacote "o mais rapidamente possível", para Bruxelas depois proceder ao desembolso de uma primeira parcela de 600 milhões de euros.
Desde 2014, a UE e as instituições financeiras europeias já atribuíram mais de 17 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos à Ucrânia, tendo ainda criado um plano de investimentos para o país que visa mobilizar um total de seis mil milhões de euros.
A Ucrânia e a NATO têm denunciado, nos últimos meses, a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, considerando tratar-se da preparação de uma invasão.
Os ocidentais receiam uma invasão russa do território do país vizinho, como a de 2014 que culminou na anexação da península ucraniana da Crimeia.
O Kremlin (Presidência russa) rejeita ter uma intenção bélica nestas manobras.
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