O Conselho de Defesa presidido pelo líder da junta, Min Aung Hlaing, tomou a decisão "por unanimidade", num contexto difícil para o Exército, que recuou nos combates entre forças étnicas e pró-democracia em várias regiões.
"A paz e a estabilidade ainda são esperadas", disse o líder da Junta Militar na reunião que decorreu em Naypyidaw, a capital do Myanmar (antiga Birmânia).
Os generais tomaram o poder sob o pretexto de fraude nas eleições legislativas de 2020, que o partido da dirigente Aung San Suu Kyi venceu.
Grupos de direitos humanos afirmam que as acusações são infundadas.
O estado de emergência tem sido renovado num contexto de conflito civil generalizado em várias regiões do país.
Um ataque coordenado de vários grupos de minorias étnicas perto da fronteira com a República Popular da China, em outubro de 2023, colocou os generais numa posição de fraqueza sem precedentes desde o golpe de Estado.
A Constituição de 2008 de Myanmar, redigida pelo Exército e que a Junta Militar mantém em vigor, exige que as autoridades organizem eleições no prazo de seis meses após o levantamento do estado de emergência.
De acordo com as Nações Unidas, os combates provocaram mais de 3,5 milhões de deslocados.
Leia Também: Guterres alerta para impacto civil da "contínua deterioração" em Myanmar