Portugal junta-se à lista e desaconselha viagens para a Ucrânia
Ministério dos Negócios Estrangeiros alerta que não excluiu um agravamento da tensão na região.
© Getty Imagens
País Ucrânia/Rússia
Depois de Estados Unidos, Alemanha, Espanha e muitos outros países, Portugal desaconselhou este sábado as viagens para a Ucrânia e pede que apenas permaneçam no país aqueles cuja presença for "absolutamente necessária".
Num aviso publicado no Portal das Comunidades, o ministério dos Negócios Estrangeiros justifica o conselho com a "tensão militar crescente junto às fronteiras da Ucrânia, não sendo de excluir um agravamento da situação de segurança".
O ministério especifica mesmo as regiões em maior risco de invasão por parte da Rússia, pedindo que se evitem "quaisquer viagens para a região do Donbass ou para zonas próximas da fronteira com a Federação Russa e com a Bielorrússia."
Ao longo deste sábado, vários países aconselharam os seus cidadãos a abandonar a Ucrânia, perante uma invasão iminente por parte da Rússia.
Russos e americanos têm trocado várias acusações nos últimos dias. A Rússia diz que a abertura do Ocidente à entrada da Ucrânia na NATO é uma atitude hostil, tal como as várias sanções preparadas para impor contra o governo liderado por Vladimir Putin.
Já os EUA reafirmam que o destacamento de mais de 100 mil tropas russas para a fronteira ucraniana é um ato agressivo e de preparação para uma invasão.
Os americanos têm avisado que uma invasão russa poderá ocorrer "a qualquer momento", e o New York Times noticia este sábado que a inteligência americana acredita numa invasão durante a próxima semana.
Antony Blinken, secretário de Estado americano, disse na sexta-feira que uma invasão da Ucrânia "resultará numa resposta transatlântica resoluta, massiva e unida"; neste sentido, a União Europeia também declarou que não irá tolerar qualquer agressão russa contra a Ucrânia.
Antecipando uma invasão, os EUA já contam com cerca de 8500 soldados entre Roménia e Polónia.
Desde 2014 que o leste ucraniano está em guerra, depois da anexação da Crimeia por parte da Rússia. O governo central ucraniano continua a lutar contra os separatistas na região do Donbass, que estão a ser apoiados pelos russos.
[Notícia atualizada às 15h03]
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