Segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca, Joe Biden garantiu a Volodymyr Zelensky que os Estados Unidos responderão de forma "rápida e decisiva", em conjunto com os seus aliados, a uma eventual agressão militar russa na Ucrânia.
Na conversa telefónica que durou cerca de 51 minutos, os líderes norte-americano e ucraniano decidiram ainda manter a via diplomática como forma de diminuir a tensão que resulta da concentração de forças militares russas junto à fronteira com a Ucrânia.
No sábado, os Presidentes dos EUA e Rússia mantiveram a divergência sobre a Ucrânia, com Biden a avisar Putin para "custos severos e rápidos" se Moscovo invadir a Ucrânia e o Kremlin a denunciar a "histeria dos Estados Unidos".
Já hoje, em entrevista ao canal televisivo CNN, o conselheiro nacional de segurança da administração dos Estados Unidos, Jake Sullivan, referiu que uma invasão russa da Ucrânia pode acontecer "a qualquer momento".
"Não podemos prever o dia exatamente, mas uma invasão russa da Ucrânia pode começar a qualquer momento, inclusive nesta semana", avançou Jake Sullivan.
O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas junto às fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho.
Os Estados Unidos alertaram na sexta-feira que um ataque russo pode acontecer "a qualquer momento" e pediram aos seus cidadãos que abandonassem o país rapidamente.
Desde então, dezenas de governos, incluindo o de Portugal, aconselharam os seus cidadãos a sair da Ucrânia.
A Rússia nega pretender invadir a Ucrânia, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança.
Essas exigências incluem garantias juridicamente válidas de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO e o regresso das tropas aliadas nos países vizinhos às posições anteriores a 1997.
Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) recusam tais exigências.