Rússia continua a mover forças para a fronteira com Ucrânia, alertam EUA

Houve avistamentos de veículos blindados adicionais, helicópteros e um hospital de campanha em direção às fronteiras da Ucrânia, disse o chefe da inteligência de defesa britânica Jim Hockenhull

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Marta Amorim
16/02/2022 23:52 ‧ 16/02/2022 por Marta Amorim

Mundo

Ucrânia

A acumulação militar da Rússia perto da fronteira ucraniana continua, dizem os Estados Unidos, esta quarta-feira, enquanto a Estónia afirma que os grupos de combate se aproximam antes de um provável ataque para ocupar "terreno-chave", apesar da insistência de Moscovo de um recuo.

Houve avistamentos de veículos blindados adicionais, helicópteros e um hospital de campanha em direção às fronteiras da Ucrânia, disse o chefe da inteligência de defesa britânica Jim Hockenhull numa rara declaração pública citada pelo The Herald

As potências mundiais estão envolvidas numa das mais profundas crises nas relações Leste-Oeste uma vez que a Rússia quer impedir a Ucrânia de aderir à aliança militar da NATO.

As nações ocidentais têm sugerido medidas de controlo de armas e de criação de confiança para desarmar o impasse, o que as levou a exortar os seus cidadãos a deixar a Ucrânia porque um ataque pode acontecer a qualquer momento. A Rússia nega ter quaisquer planos de invasão.

"Há o que a Rússia diz. E depois há o que a Rússia faz. E não vimos qualquer recuo das suas forças", disse o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken numa entrevista na MSNBC.

"Continuamos a ver unidades críticas a deslocarem-se para a fronteira, não para longe da fronteira". Os serviços secretos estónios dizem ter conhecimento de cerca de 10 grupos de combate de tropas que se deslocam em direção à fronteira ucraniana, diz a Reuters. Estima-se que cerca de 170.000 soldados já estejam destacados, disse Mikk Marran, director-geral do Serviço de Informações Externas da Estónia.

Também a NATO já veio desmentir a retirada das tropas e o secretário-geral da organização disse existirem imagens de satélites comerciais que o comprovam. Jens Stoltenberg reforçou que, até ao momento, não existe “sinal de desescalada no terreno. Não há retirada de tropas ou material bélico”. Assim sendo, alertou o responsável, Moscovo pode levar a cabo uma “invasão massiva pronta a atacar” a Ucrânia.

Leia Também: Ucrânia: Biden e Scholz exigem à Rússia "medidas genuínas de desescalada"

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