Até o dia 06 de fevereiro foram recolhidas amostras de 15 casos suspeitos de sarampo, que foram enviadas para o Instituto Pasteur de Dacar, no Senegal, já que a Guiné-Bissau não possui equipamentos para aquelas análises.
Os 15 casos suspeitos de sarampo foram recolhidos no Setor Autónomo de Bissau (quatro casos), três casos na região Bolama/Bijagós, outros tantos na região de Biombo e um caso na região de Gabu.
Sidónia Vieira do Instituto Nacional de Saúde Pública (INASA) guineense acrescentou que enquanto o país não receber os resultados das amostras a partir do Instituto Pasteur de Dacar "não se pode admitir" que a Guiné-Bissau "tem um novo surto do sarampo".
A responsável sublinhou que o Ministério da Saúde Pública tem em marcha uma estratégia nacional visando "cortar qualquer cadeia de transmissão" da doença, mesmo sem ter ainda a resposta a partir do Senegal.
Todas as regiões sanitárias guineenses têm diretrizes para informar as autoridades logo que tenham conhecimento de casos suspeitos do sarampo.
Em relação à poliomielite, Agostinho Ndumba e Sidónia Vieira afirmaram que não existem dúvidas de que a doença regressou ao país, após ter sido dada como erradicada em 2019, com a Guiné-Bissau a receber, na altura, um certificado naquele sentido.
"Estamos a falar de quatro casos confirmados em exames realizados pelo Instituto Pasteur de Dacar, são casos derivados das vacinas que estão a ser ministradas, mas não se trata de pólio selvagem como no passado", observou Ndumba.
O diretor geral da promoção da Saúde Pública guineense disse que não há motivos para alarmes já que a poliomielite regressou a países como Guiné-Conacri, Gâmbia e Senegal, países vizinhos da Guiné-Bissau, notou.
A partir do mês de março, a Guiné-Bissau vai colocar em marcha um plano de combate à poliomielite através de vacinação às crianças, referiu Sidónia Vieira.
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