Polícia canadiana não vai investigar naufrágio de pesqueiro espanhol
A Real Polícia Montada do Canadá disse na quinta-feira que não vai investigar o naufrágio do navio pesqueiro espanhol Villa de Pitanxo, na terça-feira nas águas do Grande Banco da Terra Nova, porque são águas internacionais.
© Reuters
Mundo Canadá
O corpo policial indicou à agência EFE que as competências para investigar as causas do naufrágio correspondem às autoridades do país no qual o navio pesqueiro estava registado, ou seja, Espanha.
No entanto, a polícia canadiana também adiantou que prestará assistência forense "para receber as vítimas da tragédia no porto de São João da Terra Nova, ajudar a identificar as vítimas e ao eventual repatriamento dos restos mortais aos seus países de origem".
O Villa de Pitanxo, sedeado na cidade de Marín (Pontevedra, Galiza), tinha uma tripulação de 24 pessoas, das quais três sobreviveram.
Embarcações espanholas, portuguesas e canadianas que ajudaram no resgate conseguiram recuperar os corpos de nove dos tripulantes, enquanto outros 12 parecem desaparecidos.
Dos 24 tripulantes, 16 tinham nacionalidade espanhola, cinco eram peruanos e três ganeses.
Ao final do dia de quarta-feira as autoridades canadianas anunciaram o fim das operações de busca e salvamento depois de 36 horas de buscas, pela impossibilidade de encontrar com vida os 12 desaparecidos.
Os familiares dos marinheiros desaparecidos na terça-feira no naufrágio apelaram na quinta-feira à continuação das buscas até à recuperação de todos os corpos, depois de terem sido interrompidas pelas autoridades canadianas.
As autoridades canadianas assinalaram que nas próximas horas, durante a manhã de sexta-feira, esperam a chegada a São João da Terra Nova dos barcos -- um português e um espanhol - que transportam os sobreviventes e os corpos recuperados.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol, a busca teve ser suspensa pelos canadianos devido "a condições meteorológicas desfavoráveis com ondas de até 10 metros, vento forte, temperaturas próximas de zero e visibilidade muito baixa".
Segundo o governo espanhol, este acidente é a maior tragédia para a indústria pesqueira espanhola desde o naufrágio da traineira "Islamar III", que provocou 26 mortes ao largo das ilhas Canárias em agosto de 1984.
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