Canadá anuncia que vai impor sanções económicas à Rússia

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, adiantou hoje que vai "impor sanções económicas" pelas ações do chefe de Estado russo, Vladimir Putin, depois de ter reconhecido a independência das regiões separatistas ucranianas, Donetsk e Lugansk.

Notícia

© DAVE CHAN/AFP via Getty Images

Lusa
22/02/2022 06:36 ‧ 22/02/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

"Esta é uma violação flagrante da soberania da Ucrânia e do direito internacional. O Canáda mantém-se seguro no apoio à Ucrânia -- e vamos impor sanções económicas por estas ações", escreveu no Twitter Justin Trudeau.

O governante também condenou e rejeitou os decretos da Rússia que "ordenam a entrada de forças militares na Ucrânia".

"Continuamos firmes no nosso apoio à soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia. O Canadá e os nossos aliados vão defender a democracia e a vontade do povo ucraniano", frisou.

Durante a noite de hoje, a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Mélanie Joly, falou com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, por telefone, expressando "profunda preocupação com o flagrante desrespeito da Rússia pela integridade territorial da Ucrânia".

O anúncio de Vladimir Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia.

A União Europeia (UE) condenou a "grave violação" do direito internacional no reconhecimento por parte do Presidente russo da independência dos territórios separatistas pró-Rússia, garantindo uma resposta ocidental "com unidade e firmeza".

Vladimir Putin ordenou a mobilização do Exército russo para "manutenção da paz" nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu hoje como independentes.

Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa que "as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território" das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, segundo noticia a agência France Presse.

Os decretos assinados pelo chefe de Estado russo também estabelecem consultas entre Moscovo e as repúblicas agora reconhecidas para o estabelecimento de relações diplomáticas e entram em vigor a partir do momento da sua publicação, refere o texto da presidência russa.

Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.

Leia Também: Rússia "não quer banho de sangue" em Donbass

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas