"Esta é uma violação flagrante da soberania da Ucrânia e do direito internacional. O Canáda mantém-se seguro no apoio à Ucrânia -- e vamos impor sanções económicas por estas ações", escreveu no Twitter Justin Trudeau.
O governante também condenou e rejeitou os decretos da Rússia que "ordenam a entrada de forças militares na Ucrânia".
"Continuamos firmes no nosso apoio à soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia. O Canadá e os nossos aliados vão defender a democracia e a vontade do povo ucraniano", frisou.
Durante a noite de hoje, a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Mélanie Joly, falou com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, por telefone, expressando "profunda preocupação com o flagrante desrespeito da Rússia pela integridade territorial da Ucrânia".
O anúncio de Vladimir Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia.
A União Europeia (UE) condenou a "grave violação" do direito internacional no reconhecimento por parte do Presidente russo da independência dos territórios separatistas pró-Rússia, garantindo uma resposta ocidental "com unidade e firmeza".
Vladimir Putin ordenou a mobilização do Exército russo para "manutenção da paz" nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu hoje como independentes.
Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa que "as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território" das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, segundo noticia a agência France Presse.
Os decretos assinados pelo chefe de Estado russo também estabelecem consultas entre Moscovo e as repúblicas agora reconhecidas para o estabelecimento de relações diplomáticas e entram em vigor a partir do momento da sua publicação, refere o texto da presidência russa.
Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
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