Canal pede desculpa após inclusão de ivermectina em peça sobre Rainha

Um representante do canal disse que a imagem do medicamento "não deveria ter sido incluída" e que foi "resultado de erro humano". Canal australiano desculpa-se por sugerir que a Rainha usou medicamento

Notícia

© Getty Images

Notícias ao Minuto
22/02/2022 11:39 ‧ 22/02/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Covid-19

O canal nove ('Nine') da Austrália apresentou um pedido de desculpas depois de ter sugerido que a Rainha de Inglaterra podia estar a usar um medicamento polémico para tratar a Covid-19.

O programa em questão chama-se 'A Current Affair' e na segunda-feira apresentou a notícia de que Isabel II tinha contraído Covid-19. De seguida, foi introduzido um segmento conduzido pelo médico de clínica geral Mukesh Haikerwal, que falou sobre tratamentos médicos para pessoas da idade da monarca.

Enquanto o profissional de saúde falava, foram mostradas imagens do fármaco ivermectina, um medicamento cuja utilização neste e em outros casos é proibida em vários países. Por alguns segundos, os espetadores viram uma embalagem de medicamento onde dizia "stromectol, containing 3mg ivermectin” ("stromectol, contém 3 miligramas de ivermectina").

Veja aqui o momento em que são feitas estas declarações:

Em declarações ao The Guardian Austrália, o médico disse que "a ivermectina nunca foi parte da conversa”. Acrescentou que, apesar de ter referido que “existem medicamentos disponíveis para pessoas vulneráveis", não fez qualquer menção a este medicamento. 

Um representante do canal disse que a imagem do medicamento "não deveria ter sido incluída” e foi “resultado de erro humano”. Acrescentou ainda que pediram desculpas ao médico por terem colocado a imagem e que pretendiam sugerir "que a rainha esteja a usar ivermectina".

A ivermectina é aprovada para o tratamento de parasitas e piolhos em humanos, e também para desparasitação de gado.

Alguns médicos sugeriram este produto como um potencial tratamento para o coronavírus. No entanto, a ivermectina não é recomendada pelas autoridades de saúde pública, como a Food and Drug Administration, dos EUA, ou a Therapeutic Goods Administration, da Austrália. Estas entidades alertam, inclusivamente, que, em grandes doses, este produto pode ter efeitos colaterais graves, incluindo diarreia e vómitos, além de não curar efetivamente a Covid-19.

Apesar do pedido de desculpas do canal e dos vários movimentos para eliminar este o vídeo online, a ideia de tomar o medicamento foi partilhada em vários grupos antivacinas nas redes sociais na Austrália e no mundo.

O canal entretanto disse que a parte inicial desta reportagem foi removida das suas redes sociais e serviços de streaming, sendo que vai ser corrigida e publicada de novo durante o dia de hoje.

Recorda-se que a Rainha de Inglaterra testou positivo à Covid-19 esta segunda-feira, aos 95 anos. Segundo o palácio de Buckingham está apenas com "sintomas ligeiros".

Leia Também: Isabel II continua com "deveres leves". Aproxima-se fim da quarentena

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas