Biden anuncia sanções. "É o início de uma invasão russa na Ucrânia"

Tropas americanas no Báltico serão reforçadas. Sanções americanas surgem depois da União Europeia e do Reino Unido terem anunciado pacotes semelhantes.

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Hélio Carvalho
22/02/2022 19:26 ‧ 22/02/2022 por Hélio Carvalho

Mundo

Ucrânia/Rússia

Menos de duas horas depois da União Europeia ter aprovado o seu pacote de sanções contra a Rússia, o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, anunciou mais um conjunto de sanções económicas, motivadas pelas ações russas no leste da Ucrânia.

Biden argumentou que o discurso de Putin é "o início da invasão russa na Ucrânia" e prometeu que as sanções iriam aumentar consoante o aumento da atividade russa na Ucrânia. "Apenas a Rússia é responsável", disse.

Estas sanções atingirão bancos russos (o VEB, um dos maiores bancos de investimento russos e ao banco militar), os oligarcas próximos do regime e as elites russas - acumulando as sanções europeias, o mercado russo e os principais empresários do país ficam assim completamente vedados do comércio europeu e norte-americano.

O presidente americano também anunciou que autorizou o reforço de tropas americanas já presentes nos países do Báltico.

"Os EUA e os seus aliados vão defender cada centímetro do território da NATO", prometeu Biden, apesar de garantir que não tem qualquer intenção de entrar em confronto direto com os russos.

Biden reafirmou novamente que os EUA estão "unidos no nosso apoio à Ucrânia" e, apesar da ameaça real de conflito armado, espera "que a diplomacia ainda prevaleça".

Já na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos tinha anunciado que cidadãos e empresas americanos estavam proibidos de negociar e investir em entidades e negócios das repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk.

A decisão de Putin de reconhecer a independência das repúblicas separatistas e mobilizar tropas para "manter a paz" nesses territórios, dentro do espaço ucraniano, motivou os vários líderes e governos mundiais a prometer sanções duras para responder à provocação do presidente da Rússia.

"O mundo ouviu claramente a revisão histórica deturpada de Putin", considerou Joe Biden sobre o discurso do homólogo russo.

Esta terça-feira começou com a Alemanha a anunciar que iria interromper a certificação do gasoduto Nord Stream 2, o projeto que permitiria um fornecimento ainda maior de gás natural russo diretamente para a Europa.

Entretanto, o Reino Unido e a União Europeia anunciaram sanções contra a Rússia, os deputados da Duma (a câmara baixa do parlamento russo), oligarcas próximos do governo e também governantes da Bielorrússia, que se colocou do lado de Putin.

Depois do anúncio ao vivo, a Casa Branca publicou uma nota sobre a reunião entre Biden e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitro Kuleba, no qual o presidente dos EUA "reafirmou o compromisso dos EUA sobre a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

[Notícia atualizada às 21h30]

Leia Também: UE aprova sanções: "Violações russas não passarão sem resposta"

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