De acordo com a agência France-Presse (AFP), na terça-feira "os Países Baixos convocaram, de facto, o embaixador da Rússia", disse uma porta-voz do ministério neerlandês.
"Os Países Baixos claramente fizeram saber ao embaixador da Rússia que as recentes ações da Rússia são inaceitáveis e que terão graves consequências", acrescentou a porta-voz.
A Áustria, o Reino Unido e o Canadá também convocaram os respetivos embaixadores russos na terça-feira.
A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, adiantou que o embaixador da Rússia no Reino Unido, Andrei Kelin, foi chamado "para explicar a violação do direito internacional pela Rússia e o desrespeito à soberania da Ucrânia".
No Canadá, a chefe da diplomacia Mélanie Joly convocou "o embaixador da Rússia para pedir explicações sobre a agressão contínua da Rússia, a sua violação do direito internacional e o seu desprezo pela soberania ucraniana", indicou no Twitter.
O reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na segunda-feira, suscitou a condenação de generalidade dos países ocidentais, depois de cerca de dois meses de tensão devido à concentração de dezenas de milhares de tropas russas junto às fronteiras da Ucrânia.
Os separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, apoiados por Moscovo, entraram em guerra com as autoridades ucranianas em 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia.
Desde então, o conflito provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo as Nações Unidas.
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