O português António Guterres abriu a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU no final da quarta-feira a apelar urgentemente ao Presidente russo: "Em nome da Humanidade, faça regressar as suas tropas à Rússia".
Mas, durante a reunião, Vladimir Putin anunciou que iria lançar uma "operação militar especial" no leste da Ucrânia.
O líder da ONU instou mais tarde Putin a retirar as suas tropas e acrescentou: "Em nome da humanidade, não permita que se inicie na Europa aquela que poderá ser a pior guerra desde o início do século, com consequências não só devastadoras para a Ucrânia, não só trágicas para a Federação Russa, mas com um impacto que nem sequer podemos prever em relação às consequências para a economia global".
Uma guerra causaria mortos e deslocados e as pessoas perderiam a esperança no futuro, disse Guterres, acrescentando que as ações da Rússia prejudicariam a economia global.
"O que é claro para mim é que esta guerra não faz qualquer sentido", disse Guterres, sublinhando que a operação russa viola a Carta das Nações Unidas e causará um nível de sofrimento que a Europa não conhece desde pelo menos a crise dos Balcãs dos anos 90.
Na quarta-feira, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que cerca de cinco milhões de pessoas poderão ser forçadas a sair de suas casas caso a Rússia "continue neste caminho" de "guerra", criando uma nova crise de refugiados.
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