"As Nações Unidas estão a intensificar as suas operações humanitárias na Ucrânia e países vizinhos e anuncio que vamos alocar imediatamente 20 milhões de dólares (cerca de 17,87 milhões de euros) do nosso fundo de resposta para responder às necessidades urgentes", disse Guterres na breve declaração aos media.
Este auxílio será distribuído "de forma neutra e imparcial". "Ajudamos as pessoas que precisam, não importa quem são e onde estejam", sublinhou o secretário-geral da ONU.
A invasão da Ucrânia "é um erro, é contra a Carta" das Nações Unidas, "é inadmissível, mas não é irreversível", sustentou Guterres.
"Reitero o meu apelo de ontem à noite (quarta-feira) ao Presidente (Vladimir) Putin: pare a operação militar, leve as tropas de volta para a Rússia", declarou o secretário-geral das Nações Unidas.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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