"O Presidente Zelensky dirigiu-se esta noite aos membros do Conselho Europeu. Louvamos a determinação e a coragem do povo de Ucrânia. A UE está unida na sua solidariedade com a Ucrânia", escreveu Charles Michel na sua conta na rede social twitter.
A publicação é acompanhada de três fotos nas quais se vê os chefes de Estado e de Governo da UE na principal sala de reuniões do Conselho Europeu e imagens nos ecrãs de Zelensky, de 't-shirt', a dirigir-se aos líderes.
O Presidente ucraniano já pedira hoje aos líderes mundiais que deem ajuda à defesa da Ucrânia e protejam o espaço aéreo dos ataques russos, sublinhando que a Rússia "desencadeou uma guerra com a Ucrânia e com o mundo democrático".
Reunidos num Conselho Europeu convocado de urgência, os líderes dos 27 já adotaram conclusões, nas quais apelam à Comissão Europeia para avançar com "medidas de contingência" sobre fornecimento energético da Rússia, e com "rápida preparação de novo pacote de sanções" que abranjam também a Bielorrússia, por permitir a invasão russa da Ucrânia.
"O Conselho Europeu apela à prossecução do trabalho de preparação e prontidão a todos os níveis e convida a Comissão, em particular, a apresentar medidas de contingência, nomeadamente na energia", dada a dependência europeia do gás da Rússia, referem as conclusões da cimeira de líderes sobre a invasão russa da Ucrânia.
De acordo com o documento, os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) pedem ainda uma "rápida preparação e adoção de um novo pacote de sanções individuais e económicas que abrangerá igualmente a Bielorrússia", porque, segundo os 27, houve "envolvimento" de Minsk "nesta agressão contra a Ucrânia".
As sanções hoje acordadas pelos líderes serão formalmente adotadas na sexta-feira, num Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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