Obama pede apoio incondicional a Biden diante da invasão russa

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama pediu hoje aos norte-americanos, independentemente do partido, que apoiem o atual mandatário, Joe Biden, diante da invasão russa da Ucrânia, e apoiou sanções contra a Rússia apesar das "consequências económicas".

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Lusa
24/02/2022 23:05 ‧ 24/02/2022 por Lusa

Mundo

Tensão Rússia/Ucrânia

"O mundo inteiro precisa de condenar as ações da Rússia e mostrar apoio à Ucrânia. E cada norte-americano, independentemente do partido, deve apoiar os esforços do Presidente Biden, em coordenação com os nossos aliados mais próximos, para impor fortes sanções à Rússia", apelou o ex-presidente (2009-2017) em comunicado.

Obama admitiu que sanções contra instituições financeiras russas podem alterar o mercado energético e resultar em "consequências económicas" para os Estados Unidos, mas defendeu que esse é "o preço a pagar para defender a liberdade".

"Temos que escolher entre um mundo onde os autocratas impõem a sua vontade pela força ou um mundo onde as pessoas têm o poder de decidir o seu futuro livremente", disse Obama, que era Presidente quando a Rússia anexou a Crimeia em 2014.

O antigo chefe de Estado classificou o ataque lançado esta manhã pela Rússia contra a Ucrânia como uma "invasão ilegal no coração da Europa" e uma ameaça à democracia, ao Estado de direito e à liberdade.

Além disso, mostrou o seu apoio aos que sofrem as consequências dessa "guerra sem sentido" e aos russos que protestaram nas ruas contra a invasão.

Após meses de tensões, a Rússia lançou nas últimas horas uma operação militar na Ucrânia com bombardeios em vários centros urbanos, o que levou o Presidente ucraniano, Volodímir Zelenski, a declarar lei marcial em todo o país e a romper relações diplomáticas com Moscovo.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Já Biden anunciou hoje sanções contra quatro grandes entidades financeiras russas, incluindo o VTB, o segundo maior banco do país, assim como novas punições económicas a oligarcas próximos ao Kremlin.

Leia Também: Cem mil abandonaram as suas casas no primeiro dia de invasão russa

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