"A expansão contínua da NATO é uma séria ameaça à estabilidade e segurança de países independentes em várias regiões", disse Raisi numa conversa telefónica com Putin, divulgada pela Presidência iraniana.
"Espero que o que está a acontecer beneficie os povos da região", acrescentou o líder iraniano, depois da Rússia ter lançado uma operação militar em larga escala contra a Ucrânia.
O Irão tem procurado aliados políticos e económicos na China e na Rússia nos últimos anos.
No final de janeiro, os três países realizaram exercícios navais conjuntos no Oceano Índico "para reforçar a segurança na região".
As observações de Raisi dão continuidade à política oficial do país persa, que ao longo da semana culpou a NATO e os Estados Unidos pelas tensões na Ucrânia.
"A crise na Ucrânia tem as suas origens nas provocações da NATO", sustentou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hosein Amir Abdolahian.
O chefe da diplomacia iraniano pediu um cessar-fogo e uma resolução política e democrática.
Moscovo lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU.
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