Coragem. Russos saíram às ruas para protestar contra guerra de Putin

Nas ruas das principais cidades russas várias pessoas concentraram-se em protestos que, na sua maioria, foram reprimidos.

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Notícias ao Minuto
25/02/2022 08:30 ‧ 25/02/2022 por Notícias ao Minuto

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Enquanto o presidente Vladimir Putin iniciava um sangrento conflito em solo europeu, por diversas cidades russas os cidadãos manifestavam-se contra as últimas decisões do seu governo.

Depois do início do conflito, o Ministério do Interior russo informou que os protestos contra a guerra na Ucrânia seriam considerados ilegais e que a polícia "tomaria todas as medidas necessárias para assegurar a ordem pública".

Sobre este tema, porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o apoio popular à invasão da Ucrânia seria idêntico ao "elevado nível de apoio" dos russos ao reconhecimento da independência dos territórios ucranianos separatistas de Donetsk e Lugansk.

Citado pela agência espanhola Europa Press, disse saber "que uma sólida maioria da população apoiou a decisão do Presidente de reconhecer as duas repúblicas". E nesse sentido julgam "que o nível de apoio [para as operações na Ucrânia] não será mais baixo".

No entanto, nas ruas das principais cidades, várias pessoas concentraram-se em protestos ilegais que, na sua maioria, foram reprimidos, esta quinta-feira. Na galeria pode ver-se um protesto organizado com milhares de pessoas em São Petersburgo, uma das maiores cidades russas. 

Porém, esta não foi a única cidade onde aconteceram protestos. Na capital, foram partilhados vídeos nas redes sociais onde se observam milhares de pessoas a protestar na Praça Pushkin, perto da Praça Vermelha e das instituições do Kremlin.

Noutra zona da cidade podemos também ouvir gritos de protestos que pedem "Não à guerra!"

Recorde-se que a Rússia lançou, na madrugada de ontem, uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou vários mortos e feridos.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU. O conflito continua durante o dia de hoje. 

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