"O presidente Assad sublinhou que o que se passa atualmente é uma 'correção da História' e o restabelecimento do equilíbrio da ordem internacional depois do fim da União Soviética", refere a presidência síria num comunicado.
O chefe de Estado sírio disse ainda que "a Síria está ao lado da Rússia", adiantando que "enfrentar o alargamento da NATO é um direito" de Moscovo.
Bashar al-Assad considerou que a Aliança Atlântica é uma "ameaça mundial" dotada de "ferramentas que implementam as políticas irresponsáveis ??dos países ocidentais destinadas a desestabilizar o mundo".
Damasco é aliado do regime de Moscovo. A Rússia intervém militarmente na Síria desde 2015, em apoio ao governo de Assad contra os rebeldes e 'jihadistas'.
De acordo com Moscovo, cerca de 63 mil soldados russos encontram-se a combater na Síria.
"As nações ocidentais são responsáveis pelo caos e pelo derramamento de sangue", disse ainda o presidente da Síria no mesmo contacto telefónico mantido hoje com Vladimir Putin.
A guerra na Síria prolonga-se desde 2011 e já causou perto de 500 mil mortos.
Também a junta militar da Birmânia, que chegou ao poder há um ano após um golpe de Estado, manifestou o seu apoio à Rússia na invasão da Ucrânia, considerando que assim Moscovo "consolida a sua soberania" e "mostra ao mundo que é uma potência global".
Em declarações à Voz da América (VOA) Birmânia, o general Zaw Min Tun, porta-voz do regime golpista, afirmou que o ataque militar contra a Ucrânia é "a decisão certa" e que "a Rússia está a trabalhar para consolidar sua soberania".
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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