Um porta-voz do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse hoje que Kiev está disponível para um encontro com Vladimir Putin afim de chegar a um acordo para cessar-fogo e obter paz.
Este avanço para o diálogo acontece depois de Zelenskyy ter recusado uma oferta para se encontrar com Putin em Minsk, na Bielorrússia, que é aliada da Rússia.
A Ucrânia nega, no entanto, que tenha recusado este encontro, afirmando continuar pronta continua "para falar sobre um cessar-fogo e paz".
A Ucrânia quer que este encontro se realize na Polónia. A Interfax, agência de notícias russa, avança que amanhã poderá haver mais diálogo.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
[Notícia atualizada às 21h50]
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