Ucrânia: ONU pede "acesso desimpedido" para ajuda humanitária

A Organização das Nações Unidas (ONU) quer "acesso seguro e desimpedido" à ajuda humanitária destinada à Ucrânia, que está sob ataque militar da Rússia, disse hoje o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

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Lusa
25/02/2022 22:45 ‧ 25/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Os trabalhadores humanitários devem poder beneficiar-se de "proteção" ao fornecer ajuda à população ucraniana "em todas as regiões da Ucrânia afetadas pelo conflito", acrescentou.

A ONU estima que, até ao momento,  100.000 pessoas foram deslocadas pelo conflito, confirmou o alto funcionário da ONU.

"Esperamos ter mais 1,8 milhões " no futuro, disse Martin Griffiths, especificando que este número não engloba o número de pessoas que precisarão de ajuda humanitária.

Antes do início do conflito, a ONU prestava assistência a cerca de três milhões de pessoas, principalmente no leste da Ucrânia, disse o o subsecretário-geral.

Griffiths declarou que, nesta fase, todas as equipas da ONU permanecem na Ucrânia, embora funcionários e famílias não essenciais tenham sido evacuados.

O alto funcionário também informou que um apelo por fundos será lançado nos próximos dias a partir da ONU em Genebra para atender a uma série de necessidades.

O impacto das sanções económicas impostas à Rússia no trabalho das organizações humanitárias está a ser avaliado com o Comité Internacional da Cruz Vermelha, acrescentou o alto funcionário da ONU.

Após meses de tensões, a Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: Em todo o mundo, edifícios iluminam-se e multidões juntam-se pela Ucrânia

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