"Nós nunca desistiremos" de alcançar a paz, afirmou António Guterres, numa breve declaração à imprensa após a reunião, malsucedida, do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), escusando-se a responder a perguntas.
A Rússia vetou hoje uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condenava a sua ofensiva militar em território da Ucrânia, isolada numa votação que alcançou 11 votos a favor e três abstenções (China, Índia e Emirados Árabes Unidos).
Sendo um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (P5), a Rússia tem poder de veto nas votações.
Após meses de tensões, a Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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