Austrália impõe nova ronda de sanções contra Presidente da Rússia

O Governo australiano anunciou hoje uma nova ronda de sanções dirigidas diretamente ao Presidente russo, Vladimir Putin, na sequência da decisão de invadir a Ucrânia.

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Lusa
26/02/2022 06:39 ‧ 26/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"É uma medida excecional, sancionar os líderes, mas a situação é excecional", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, numa conferência de imprensa, no regresso de uma viagem à Europa e ao Sudeste Asiático.

"Putin tem um poder pessoal sem precedentes sobre o seu país e optou por entrar em guerra contra um vizinho, que não representava qualquer ameaça para a Rússia, porque quer inverter a história e tirar a liberdade e a democracia que o povo ucraniano escolheu para si próprio", declarou.

Esta é a terceira ronda de sanções impostas pela Austrália contra políticos, militares e oligarcas russos, bem como vários bancos, e uma proibição de investimento nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, autoproclamadas repúblicas populares e cujo reconhecimento russo apressou a invasão.

Payne disse que o Governo australiano está a considerar novas sanções, tal como os Estados Unidos, Reino Unido, UE e outras nações aliadas.

"A próxima prioridade imediata é continuar a sancionar o círculo interno de Putin e a indústria de defesa da Rússia", adiantou.

O Governo australiano, aliado histórico dos EUA, tem afirmado repetidamente que não tenciona enviar tropas para a Europa Oriental porque tem de manter a segurança no Indo-Pacífico, mas comprometeu-se a enviar ajuda militar "não letal" e material médico.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: Ucrânia. Brasil e Argentina abstêm-se de condenar invasão russa

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