Os media russos estão também proibidos de fazer referências a civis mortos pelo exército enviado pelo regime de Moscovo para a Ucrânia.
"Nós sublinhamos que só as fontes oficiais russas dispõem de informações atuais e fiáveis", indicou o regulador Roskomnadzor em comunicado, enquanto o regime de Moscovo apela para que a sua intervenção na Ucrânia seja descrita com uma "operação militar especial" destinada à "manutenção da paz".
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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