Citado em comunicado pela ONU News, o responsável do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) referiu, na rede social Twitter, que metade dos ucranianos fugiu para a Polónia e os restantes para a Hungria, Moldávia e Roménia desde que começou a ofensiva militar da Rússia contra a Ucrânia, na quinta-feira.
Segundo Filippo Grandi, as operações militares dificultam a contagem do número exato de deslocados e a entrega de ajuda.
Num balanço anterior, hoje de manhã, a vice-alta comissária da ONU para os Refugiados, Kelly Clements, mencionara, em declarações à televisão CNN, que mais de 120 mil pessoas tinham fugido da Ucrânia para, sobretudo, a Polónia e Moldávia, mas também para a Roménia, Eslováquia e Hungria.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
Leia Também: AO MINUTO: Portugueses devem sair "imediatamente"; Alemanha envia armas