Unicef estima que a guerra ameace a vida de 7,5 milhões de crianças

A guerra na Ucrânia ameaça a vida e o bem-estar de 7,5 milhões de crianças do país, alertou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pedindo que escolas e hospitais sejam poupados aos ataques.

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Lusa
26/02/2022 19:38 ‧ 26/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Citada num comunicado da ONU News, a diretora regional da Unicef para a Europa e Ásia Central, Afshan Khan, disse que a Unicef vai trabalhar em conjunto com o Alto Comissariado para os Refugiados e outras agências da ONU para ativar um plano que leve serviços essenciais para as famílias ucranianas.

Nos últimos oito anos, a Unicef tem apoiado as crianças no leste da Ucrânia, fornecendo água potável, assistência médica e educação em zonas afetadas por conflitos.

Segundo Afshan Khan, a procura por produtos de higiene, gás, cobertores e 'kits' de primeiros socorros deverá aumentar depois da invasão do território ucraniano pelas tropas russas, na quinta-feira.

A Unicef pede que infraestruturas essenciais, como sistemas de água e saneamento, hospitais e escolas, sejam poupados aos ataques.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: AO MINUTO: Portugueses devem sair "imediatamente"; Alemanha envia armas

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