Ucrânia. China reitera oposição a sanções contra a Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reiterou no sábado a oposição da China às sanções impostas à Rússia de forma conjunta por vários países ocidentais, como retaliação à invasão da Ucrânia.
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Segundo um comunicado publicado pelo ministério, Wang disse que "a China opõe-se a sanções unilaterais que não têm como base o direito internacional", pois "não resolverão problemas, mas sim criarão novos".
Numa conversa por telefone com a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, Wang assegurou que a China "está a prestar muita atenção" à situação na Ucrânia.
O ministro chinês defendeu que "as legítimas preocupações de segurança de todos os países devem ser levadas a sério", incluindo, "após cinco rondas de expansão da NATO para o leste, as legítimas exigências de segurança da Rússia".
Numa conversa que, segundo o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, ocorreu por iniciativa alemã, Wang lembrou que "a Guerra Fria acabou há muito tempo" e que, por isso, a NATO "deve reconsiderar a sua própria posição e responsabilidades"
O país asiático "apoia todos os esforços para resolver politicamente" o conflito, disse o diplomata, que apelou ao diálogo entre a União Europeia, a NATO e a Rússia para "alcançar a paz e a estabilidade na Europa".
A Comissão Europeia, os Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá e Itália acordaram no sábado excluir alguns bancos russos da plataforma interbancária internacional Swift.
Os aliados anunciaram ainda o compromisso de tomarem medidas para travar os vistos 'gold' e a formação esta semana de uma 'task-force' transatlântica para garantir que essas e outras sanções à Rússia sejam implementadas de forma eficaz através de partilha de informações e congelamento de ativos russos.
Bruxelas vai ainda propor aos Estados-membros da União Europeia o bloqueio dos ativos do Banco Central da Rússia, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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