Borrell propõe financiamento de material letal através do Fundo Europeu

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, vai propor hoje aos 27 Estados-membros o financiamento com fundos comuns do fornecimento de "material letal" para que a Ucrânia se possa defender da invasão russa.

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Lusa
27/02/2022 14:13 ‧ 27/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Propomos aos ministros usar o Fundo Europeu para a Paz para duas medidas de assistência de emergência. Pretende-se financiar o fornecimento de material letal para o Exército ucraniano, que combate contra os invasores russos, e proporcionar os fornecimentos não letais, como combustível, urgentemente necessários", disse Borrell, numa nota, antess do Conselho de Negócios Estrangeiros, que se reúne hoje extraordinariamente.

O Fundo Europeu para a Paz é um fundo de 5.000 milhões de euros, financiado à margem do orçamento da UE, com contributos dos Estados-membros para um período de sete anos (2021-2027) e com um mecanismo único para financiar todas as ações da Política Externa e da Segurança Comum (PESC), nos âmbitos militar e de defesa.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: Borrell acredita que voto da ONU mostra uma "rejeição" global à Rússia

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