"A participação foi de 78,61% do número total de eleitores com direito de voto, ou seja, cerca de sete milhões de pessoas, e 42,93% votaram antecipadamente na consulta, cujos primeiros resultados serão anunciados nas próximas horas, detalhou.
A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, criticou o referendo convocado pelas autoridades, classificando-o como "ilegítimo" e incapaz de resolver a crise política e económica que o país atravessa.
"Não há escolha entre 'sim' e 'não', é uma escolha entre Lukashenko e Lukashenko", disse.
Cerca de 200 pessoas em protesto contra o referendo foram detidas durante o dia na Bielorrússia, de acordo com o Centro de Direitos Humanos Vesna.
Nos seus 27 anos no poder, o Presidente autoritário Alexander Lukashenko alterou a Constituição duas vezes, uma em 1996 e outra em 2004.
A atual reforma constitucional limita os mandatos presidenciais a dois, a futuros eleitos, e impede a perseguição judicial do atual líder da antiga república soviética.
De acordo com o artigo 81.º, o futuro chefe de Estado só poderá exercer funções por dois mandatos de cinco anos cada.
Esta cláusula não se aplica ao atual Presidente, pelo que se Lukashenko decidir concorrer novamente à reeleição, poderá tornar-se chefe de Estado até 2035.
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